Hitman – Assassino 47

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Acredito que não estou exagerando ao dizer que Hitman é uma das maiores franquias dos games. Como em quase todos os jogos do gênero stealth, eu os acho deveras interessantes, desde que não tente jogá-los. Até passei de algumas fases do primeiro, mas depois começou a ficar complicado demais e eu acabei trocando o disquinho por algum título que focasse mais na ação.

Ao contrário de muitos games que são adaptados para o cinema, contudo, Hitman é aquele caso onde os personagens e a história não precisariam sofrer muitas adaptações. A história já é relativamente verossímil e um tanto cinematográfica. A julgar pelas primeiras imagens e pôsteres, era possível deduzir que sua versão para a sétima arte seria bem fiel à original. E, embora eu não seja um expert na série de games, ao que me parece, foi sim.

Temos aqui um assassino careca e com um código de barras tatuado na parte traseira da cabeça. O cara faz parte de uma organização chamada Organização (santa criatividade, Batman!) que ninguém sabe que existe, mas que tem membros em todos os partidos do mundo. O carecão, cujo nome é 47, recebe a missão de matar um presidente russo chamado Mikhail Belicoff (qualquer semelhança com Mikhail Gorbachev não é coincidência). Depois de fazer seu trabalho, descobre que foi traído e começa a ser caçado pelos dois lados (a Organização e a Interpol). Agora é hora de vingança!

Nenhuma grande novidade, mas até aí, a história do assassino que se arrepende de seus atos presente no jogo também não é nenhuma pérola de criatividade. Hitman tem a maior cara de filme de ação descompromissado, embora tenha muito pouco humor e passe longe do gênero Testosterona Total. Simplesmente faltam explosões para que ele ganhe este mérito.

Agora no quesito presença feminina, a coisa é melhor. Estou apaixonado pela Olga Kurylenko. Hum… Olga Kurylenko com… uhn… damn! Não consigo pensar em nenhuma comida russa para acompanhá-la. Embora ela seja completamente M&M, a boca dela é simplesmente uma das coisas mais eróticas que eu vi no cinema esse ano. Ela deve fazer um… uhn… beijo, muito bom.

Se você vai ou não gostar desse filme, acredito que depende apenas de suas expectativas. É um filme de ação razoável e divertido, mas talvez os fãs dos jogos esperem algo melhor do que apenas isso. Nesse caso, a decepção é iminente. Ainda assim, é uma boa adaptação de games, bem melhor do que estamos acostumados a ver por aí. Manja aquele carinha chamado Uwe Boll e tal?

Curiosidades:

– Vin Diesel é um dos produtores-executivos desse filme, o que me espantou, já que ele era freqüentemente citado como uma ótima escolha para o papel principal.

– Por outro lado, Timóteo Olifante tem um rosto muito infantil e não se parece em nada com o personagem dos games. Tirando, é claro, a careca e as roupas, mas qualquer um pode raspar o cabelo e vestir um terno.

– O elenco ainda conta com Henry Ian Cusick, o Desmond de Lost.

– A fidelidade ao jogo é tanta que a clássica fase onde o personagem planta uma arma no banheiro com antecedência para poder passar sem problemas após ser revistado está presente aqui.

– Neste filme tem uma homenagem aparentemente não-intencional a Jogos Mortais, quando o protagonista submete um outro cara a um joguinho sádico e ele fala “Live or die. Your choice”. Imagino que originalmente era make your choice, mas decidiram mudar para não ficar tão paga-pau.

– Aproveitando que falamos de joguinhos sádicos, se você não se divertir com o filme, pode se entreter procurando erros nas legendas. Em determinado momento, o protagonista fala “ask for the check” (peça a conta) e traduziram isso como “peça o cheque. Existem muitos, MUITOS, erros desse tipo e vou citar apenas esse para não estragar sua diversão.

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Nota
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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. É o autor dos livros infantis "Pimpa e o Homem do Sono" e "O Shorts Que Queria Ser Chapéu", ambos disponíveis nas livrarias. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).
hitman-assassino-47País: EUA<br> Ano: 2007<br> Gênero: Ação<br> Duração: 93 minutos<br> Roteiro: Skip Woods<br> Diretor: Xavier Gens<br> Distribuidor: Fox<br>